12 de fevereiro de 2016

Menina-Mulher-Menina

Na verdade eu sei onde tudo começou!
Passou sorrateira por entre brincadeiras e sorrisos,
com um ar de sapeca, de quem apronta sob olhares distraídos.


Ainda menina, ao menos no semblante, passou, sorriu e marcou.

Brincadeiras surgiram e gargalhadas somaram-se às conversas alheias,
deixando, a cada dia, uma memória sem saber que era lembrada.

Já 
quando mulher, desnorteou, balançou e desatou sentimentos estranhos.
De forma repentina e sorrateira transformou-se em mulher aquela que era menina.
Sim, subitamente, como uma mordida de serpente, deixou o ar imaturo de lado.
Agora marca presença como garota, mas impacta como mulher,
Sorrindo de forma sapeca e despojando em conversas completas.


Um nó aperta o pescoço, a respiração soma-se à falta de umidade no palato.
Em sonho, bate a porta, e não sei por onde ir.
Sei que é um mistério entender esse sentimento, 

mas não sinto medo em compassar meu coração, 
com o ritmo marcado de um rap,
transbordando alegrias como um reggae numa tarde de verão
e marcando presença como um rock, um samba ou um baião.